A renomada revista científica Science Norman Sharpless abordou as implicações da pandemia do COVID-19 no cenário do câncer.
Segundo o autor, o medo de contrair o vírus em serviços de saúde tem gerado adiamentos dos exames de rastreamento, diagnóstico e tratamento para outras doenças que não o COVID-19. E quais são as consequências de atitudes como essa?
Para o câncer o intervalo de tempo entre o diagnóstico e a intervenção é essencial e os reflexos do atraso serão sentidos. Sharpless argumenta que não existem motivos para acreditarmos que a incidência de câncer nos Estados Unidos tenha diminuído, mas observou-se uma queda acentuada de diagnósticos no período. Cirurgias vem sendo adiadas e alguns tratamentos de radioterapia e quimioterapia menos intensos têm sido propostos, o que também impacta nesses pacientes.
Poderão ser observados um maior número de mortes por câncer. Paralelo a isso as pesquisas, importantes na busca de novas terapias para a doença, também estão sendo afetadas, mas algumas agências americanas como National Cancer Institute (NCI) e Food and Drug Administration (FDA) tem buscado adequações em protocolos que possam reduzir o impacto nas pesquisas.
Norman Sharpless conclui que alguns adiamentos são sinais de prudência, mas não está claro a duração, propagação e novos picos do COVID-19. Ignorar outras doenças, como o câncer, por um período longo pode se transformar uma crise em várias crises de saúde pública e precisamos evitar esse resultado.
Referência:
1 – Sharpless N. COVID-19 and cancer. Science. 2019: n. 369 (6497), p. 1290.
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