A oncologista Mariana Abad é a coordenadora médica da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Monte Sinai. A comissão atua a pedido do médico assistente do paciente e um grande time de profissionais assume os cuidados assistenciais no hospital. A equipe é formada pela médica, enfermeiros e técnicos, fisioterapeuta, fonoaudióloga, psicóloga, farmacêutico, nutricionista e dentista.
➡ Dra. Mariana, no caso de Pelé, a quimioterapia deixou de fazer efeito no tratamento de câncer de cólon. Isso quer dizer que não há mais terapias para tratá-lo ou é uma medida temporária?
No caso dele pode não ter mais tratamentos para o câncer, mas sempre existem tratamentos para evitar o sofrimento do paciente.
➡ Os Cuidados Paliativos no hospital seguem um protocolo específico?
No Monte Sinai, por fazerem parte da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital, esta assistência tem um protocolo específico, em termos de indicação e de caminhos a serem seguidos, por exemplo. Mas é preciso lembrar que cada paciente é um e cada doença tem suas peculiaridades. Então, seguimos sim, um protocolo, mas respeitando as individualidades de cada paciente e de cada família.
➡ É possível dar continuidade a esta assistência em casa?
Sim, é possível dar continuidade à assistência de cuidados paliativos em casa e quando esta é uma possibilidade, sempre será nossa primeira opção. Se o paciente pode ficar com a família, contar com bons profissionais, recebendo bons cuidados com foco em qualidade de vida e alívio de sintomas.
➡ Os cuidados paliativos são apenas para pessoas com câncer?
Não. Os cuidados paliativos devem ser indicados para todo paciente desde o diagnóstico de uma doença incurável e ameaçadora da vida. Mesmo que aquele paciente passe por diversos tratamentos direcionados à doença, o cuidado paliativo deve estar junto durante a terapia. Ele só vai ficar mais restrito aos cuidados da equipe especializada em paliativo quando a doença não tiver mais tratamento, como no caso do Pelé.
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